quinta-feira, 4 de março de 2010

Cronicas dos Tempos de Crise: Prefácio

Gostaria de afirmar que a crise actual tem em mim tão pouco efeito, que me sinto autenticamente ridiculo em falar nela.
Mas bem: O mundo caiu finalmente na realidade, bem como eu.

Com estas crónicas espero tornar claras as dificuldades e facilidades, virtudes e vicios da sociedade Portuguesa que, como todos podemos sentir na pele, atravessa uma das maiores crises desde que se formou, no remoto seculo XII, o Reino de Portugal.

Que não se concluia deste prefácio que se falará apenas de crise económica sem contexto Humano, uma abstracção desprovida de sentimento e valores éticos e morais assemelhando-se assim a um prato confeccionado especialmente para encher a vista.

As Crónicas dos Tempos de Crise assemelhar-se-ão a uma dobradinha á moda do Porto um prato de teor calórico pesado, um prato do povo feito para saciar a fome e não as demais gulas que a imaginação ostenta.

Tal como a construção de um edifício que não é influenciada por outro arquitecto estas crónicas não terão influências partidárias, não terão interesses inerentes á sua publicação, nem tão pouco poderão ser utilizadas como arma de arremesso.

Os pilares da sua construção são firmes e não necessitam de reforço não pela sua excepcional concepção, mas sim porque o prédio que sustenta é um edificio leve, simples e baseado na mais pura e premeditada opinião pessoal.


Higino Fonseca 2010

quarta-feira, 3 de março de 2010

Divagar novamente!

Novos dias estão a chegar, a primavera tarda em demonstrar as suas tão virtuosas e clarificantes tardes de Sol e o Inverno teima em me deixar numa posição de inércia constante de não sair de casa.
O cabelo enfraquece, o fisico atrofia, o vento sopra como se chamando o meu nome e a chuva cai sem mostrar dó nem piedade.

...Mas nem tudo é tão escuro quanto a noite que me mergulha em desespero, ora não fosse o Homem um Ser não apenas do Dia mas tambem da Noite...

...Não apenas ser dos dias de Sol mas tambem dos de Chuva intensa, e até é caricato quão bem sabe estar em casa enrolado nos cobertores...

O que é certo é que o segundo passa sem pedir, o minuto interpõem-se imponente e altivo, a hora berra para dar nas vistas quando chegado o momento, mas quem impera e concretiza são os dias que passam ao seu ritmo tão alternante e inquietante: ora tão rapidos, ora tão lentos.

Leveza do Tempo que passa, leveza do Ser que se tarda em afirmar, leveza do Sono que nos interrompe o menos premeditado, espontâneo e bonito sonho.